terça-feira, maio 06, 2014

Sem Merdices

Sem Merdices

Senti-me sozinho, talvez porque estive, estava e estou sozinho, não sabia o que fazer, aliás nem sei o que fazer. Atrevi-me e fui para a garagem, comecei a ver isto e aquilo, a remexer nisto e naquilo e de repente pensei..."é isto que me vai valer.
Peguei na chave e coloquei na ignição, rodei, pressionei o botão. Pegou e subitamente estava a sorrir. Apressei me a abrir o portão da garagem, vesti o casaco, calcei as botas, as luvas, o capacete e toca a ir pra rua e a estrada brilhava. Percorro a estrada, envolto no meu caminho, eu percorro a estrada e sinceramente já não me sinto sozinho.
Os primeiros kms, sinto-me como se a paz fosse devolvida ao meu corpo lentamente, começo a sentir a liberdade apoderar-se de mim, que me sinto, que bem me faz. Sinto o vento no corpo, abro a viseira e sinto o vento no rosto, vejo a paisagem sem limites físicos, de portas, vidros, aço, plástico, sinto-me livre. Sou senhor do mundo, rei do meu reino e este é o meu reino. Percorro a estrada, sempre pela margem, percorro a estrada, estou em viagem.
Esqueço todas as merdices


segunda-feira, maio 05, 2014

Dia da Mãe
Mais um daqueles dias que passam por nós e queríamos tanto estar em outro lado, com outra pessoa. Passei o dia a "inventar" o que fazer, estando o menos tempo possível no facebook sobre o dia da mãe, para a mãe, sobre a mãe.
Nos últimos meses por via do destino não tenho podido estar com a minha mãe, dou graças a Deus por ela estar bem, estamos separados por 400km, está longe de mim mas ao mesmo tempo sempre comigo. Por vezes não lhes dizemos o que queremos ou sentimos bem cá no fundo. Sei que ela não vai ler isto porque não tem facebook nem tão pouco sabe trabalhar num pc, mas não interessa, esta mensagem é mais um desabafo pelos momentos que tive com ela durante anos e que agora são mais difíceis de obter.
Hão-de voltar, é o meu pensamento todos os dias, mas pra quem tem e não aproveita ou não quer eu só digo: mudem o vosso pensamento e aproveitem as mães enquanto podem porque depois podem não conseguir ou ser tarde demais.
Um beijo a todas as mães.

segunda-feira, novembro 07, 2011

Deixem-me Cantar

A musica vem e solta-me a voz. Saiem sons de melancolia e tristeza desfazados com dor. Dor que sinto e imagino, por vezes invento, por norma esqueço.

Ponho-me ao espelho e esboço um sorriso, entoo uma canção que sai como um grito, um grito de revolta e raiva, misturada com ansiedade e um toque de infelicidade. Uma mente presente num corpo esquecido. Uma fúria ardente numa alma ferida.

Dúvidas Medos e Sombras que teimam em aparecer e a minha força interior a não querer enfraquecer o corpo a fazer um esforço para não ir abaixo e a mente a criar mentiras para não enfrentar as verdades...as verdades...aquelas que nos deixam cair, as que nos enfraquecem, as que nos matam e as que fortalecem ao mesmo tempo.

Estou confuso porque o que me deita abaixo é exactamente aquilo por que tenho de lutar e estou sem...forças...por isso...:

Deixem-me cantar

segunda-feira, outubro 17, 2011

terça-feira, setembro 20, 2011

sábado, agosto 06, 2011

Falar

Já não escrevo há muito tempo, tenho passado por muito, momentos bons e maus, aventuras e sarilhos. Sortes e Azares, de tudo um pouco mas o suficiente para desejar rapidamente o fim deste ano 2011. O saldo é bastante negativo e por mais que tente olhar os problemas de frente, mirá-los, rir para eles, agarro-os com as minha mãos desnudas e com a força de um Rei num campo de batalha lanço-os para trás de mim para logo no momento a seguir surgirem a triplicar e de rei passo a um mero escudeiro desamparado sem força nem experiencia para limpar uma mera espada quanto mais lutar por ela.
Escondo o meu ser e faço por me esconder, sinto a força fornecida por aqueles que me apoiam, os benditos amigos e não tenho coragem para dizer que estou de rastos, eles não o merecem aliás, arrastam-me com eles para os seus momentos de alegria e vivacidade e eu não os desiludo e vou com eles fazendo os possíveis para me soltar da prisão invisível em que me encontro, uma prisão de Gelo que me arrefece todos os dias um pouco mais. O Cotamarado em breve tem de mudar a alcunha para Iceman, um bloco de gelo que vê tudo frio, analisa a frio, racionalmente como se estivesse desprovido de todos os sentimentos, não me sinto capaz de uma resposta emocional, tudo me sai da cabeça como se não existisse coração.
Deixei de ser um Rei, ou um mero Escudeiro, passei a ser um computador, programado para ser insensível, frio, calculista e ainda assim incapaz de o fazer comigo mesmo. Sou um programador falhado…sem sucesso nem futuro…deixei de olhar a Minha Lua com um olhar de Esperança…quero sobreviver, e não sei como, quero lutar todos os dias mas custa-me levantar e olhar o sol.
Sou…! Não sei o que sou, sei o que desejo…desejo o impossível… Ser Feliz com um Raio de Sol, Ser Feliz numa noite de Luar… qualquer coisa do Género, mas sobretudo desejava ser alguém e não um simples processador de dados, deseja sentir e conseguir exprimir, sem medos, sem receios…gostava de saber falar.

terça-feira, julho 19, 2011